Natália
Bottelho in Wiki
Lembrou-me o Nuno Markl de um episódio magnífico na Assembleia da República, em 1982, que envolveu João Morgado do CDS – para quem o ato sexual era exclusivamente para procriar – e a deputada Natália Correia (eleita nesse mandato nas listas do PPD) sobre o aborto.
A esse propósito Natália Correia escreve o humorado poema:
"Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca;
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado."
Que saudades de uma inteligência assim.
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