Estamos em guerra
O
11 de setembro de 2001 marcou uma mudança profunda na nossa vida em sociedade. Um ataque bem planeado
mostrou ser possível, de forma espetacular, trazer a guerra para dentro das
cidades ocidentais, já que a liberdade de circulação, a complexidade dessas mesmas
cidades e alguma confiança no nosso way
of life nos descompromete da vigilância necessária. A tudo isto acresce a
popularidade demagógica dos cortes sucessivos na segurança policial e militar nos
países europeus.
O
miserável atentado de Paris, e o falhanço absoluto da segurança do Estado
francês, é um dos atentados que se têm verificado na Europa e um de muitos que
com certeza se verificarão, pois na Europa existem comunidades organizadas que
espalham o ódio aos valores ocidentais e grupúsculos que estão dispostos a
espalhar o terror em nome de uma causa que julgam maior.
Poderemos
organizar as vigílias necessárias, poderemos exprimir a nossa incontida mágoa
nas redes sociais mas o facto é que estamos a ser atacados dia a dia, e o medo
vai suplantando a coragem nos povos europeus.
É
urgente defender aquilo que nos demorou séculos a construir: a democracia, a
liberdade, o estado social. Com determinação! E quanto mais depressa nos
apercebamos que estamos efetivamente em guerra melhor será para ganharmos a
coragem necessária para defendermos a nossa civilização. A começar, desde logo, por sermos mais
solidários entre nós.
Foto: Thomas Samson (AFP)
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