Extraordinário


É certo que o melhor Mundial é sempre o último Mundial.
Mas este, valha-me Deus, está a ser absolutamente extraordinário, pela garra inacreditável das equipas que passaram aos oitavos de final.


Caíram como autênticos campeões a Grécia, os Estados Unidos, o México, o Chile, a Argélia, e mesmo o Uruguai, a Suíça e a Nigéria. Este está a ser o Mundial da vontade, do querer, da determinação. Cada jogo é uma surpresa, mesmo os jogos mais fracos são grandes jogos pela emoção.



Este é o Mundial em que Portugal caiu, com estrondo, do pedestal onde Scolari colocou a seleção. Fomos arrumados, não por sermos piores que os outros, mas por querermos menos, por não termos alma, por muitos jogadores se terem acostumado a um jeito mercenário de ser, que retira a ambição e o caráter.



Em contraponto, quando vi uma equipa velha e modesta como a Grécia jogar, vi-os resgatando um orgulho ferido. Quando li que os prémios de jogo dos jogadores foram integralmente para ajudar à construção de um novo centro de estágio - “Não queremos prémios extra ou dinheiro, jogamos apenas pela Grécia” - consegui-me iludir, uma vez mais, sobre o futebol. E a vida.








Fotos in Gazzetta dello Sport

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