Crónicas de Verão (1)





A entrevista dada por Manuela Ferreira Leite ao semanário Expresso é de uma franqueza que desarma quem está habituado aos malabarismos retóricos da política.
Manuela Ferreira Leite respondeu a todas as perguntas com uma sinceridade que se percebe pela frontalidade de como as responde. Não sei, sinceramente, se esta maneira própria de encarar a política dará resultados, ou não, ao PSD nas próximas eleições legislativas. Agora o que eu sei é que há, finalmente, liderança. Não porque se anula A ou B, ou porque toda a gente bate palmas, não. Há liderança pelo simples facto da líder dizer o que pensa sem meias-palavras que encerram meias verdades, sem mesuras, sem cuidados que não sejam os de transmitir a quem pergunta aquilo em que se acredita deveras. Mesmo em relação à polémica dos casamentos homossexuais – que do meu ponto de vista é uma polémica estúpida e que encerra ainda preconceitos que não deveriam já existir – ela volta a reafirmar com clareza aquilo que pensa, sem criar tabus sobre o que efectivamente queria dizer e disse.
Nos tempos plásticos que correm, com o Primeiro-Ministro plástico que temos, e que está sempre a falar em verdade, ter alguém que efectivamente a assuma é bom e necessário.

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