Caça aos patos
Arrepia a notícia de que a Câmara de Felgueiras já gastou mais de 600.000€ a pagar honorários aos advogados que têm defendido Fátima Felgueiras e outros autarcas do município nosso vizinho. Ou seja, todos nós já pagámos esse dinheiro nos nossos impostos que, supostamente, deveriam servir nobres propósitos de coesão social e não para pagar os principescos esforços de alguns autarcas fugirem às suas próprias responsabilidades. E apesar deste processo de utilização abusiva de dinheiros públicos estar a ser investigado e poder, eventualmente, virar-se contra aqueles que utilizam agora esses dinheiros de todos nas suas defesas pessoais, a verdade é que uma eventual condenação desses procedimentos vai-nos deixar a todos na mesma (por exemplo se os autarcas declararem que não têm dinheiro para pagar essas despesas) ou pior até se, eventualmente, o município arcar com mais despesas jurídicas para contestar as despesas que entretanto se fizeram.
Que poderemos então fazer perante esta camisa de forças em que nos meteram?
Que sistema é afinal este?
Que consequências práticas têm tido na prática os mais mediáticos processos dos últimos anos para a moralização da vida cívica e política deste país?
Que papel desempenham então as nossas instituições se, segundo Fátima Felgueiras, a sua sentença foi iluminada pela “graça divina”?
“Rezo”, isso sim, para que não haja mais recursos ou pedidos de indemnização que levem com cínico à vontade o nosso dinheiro comum, além daquele que já foi desbaratado ao longo dos inócuos processos a que vimos assistindo.
Que poderemos então fazer perante esta camisa de forças em que nos meteram?
Que sistema é afinal este?
Que consequências práticas têm tido na prática os mais mediáticos processos dos últimos anos para a moralização da vida cívica e política deste país?
Que papel desempenham então as nossas instituições se, segundo Fátima Felgueiras, a sua sentença foi iluminada pela “graça divina”?
“Rezo”, isso sim, para que não haja mais recursos ou pedidos de indemnização que levem com cínico à vontade o nosso dinheiro comum, além daquele que já foi desbaratado ao longo dos inócuos processos a que vimos assistindo.
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