Nada de novo ... na música

Sou de uma geração que ouviu os vinis dos Velvet Underground, dos Pink Floyd, dos Genesis ou do grande David Bowie, ou o perfeito Álbum Branco dos Beatles, por empréstimo e iniciativa dos "irmãos"mais velhos. Nada disso aconteceu no "meu" tempo, a não ser muitas vezes o patético fim de muitas dessas bandas.
Após isso surgiu a violenta inconsequência do punk (excepção para os primeiros àlbuns dos Clash!), que serviu de ponto final à conceptualização da música rock e permitiu o surgimento, entre o final dos anos 70 e meados dos anos 80, de um conjunto de bandas que marcou, e ainda marca hoje, o panorama da boa música. Viver, como vivi, a imensa criatividade de bandas com a dimensão dos Joy Division, dos Talking Heads, dos Cure ou dos U2, foi uma fantástica experiência que encheu de coisas boas a minha juventude.
Após isso aconteceu muito pouco. Em mais de 20 anos o pop e rock produziram muito, mas sem a qualidade de outrora. Espero não estar a ser bota de elástico, mas desses anos sobre o quê? Os Radiohead concerteza, eventualmente os Sigur Rós ou os justamente celebrados Arcade Fire. E pouco mais me encheu os ouvidos. Ouço com gosto actualmente os TV on the Radio por exemplo, mas por pouco tempo. As bandas dos últimos anos têm um prazo de validade demasiadamente curto e limitam-se a recriar as sonoridades de que gostámos e não criam os espaços novos e diferentes como as "minhas" bandas o fizeram.

Misturando o melhor dos "dois mundos" sobra o Ceremony pelos Radiohead:

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