Sob custódia
Foto_gettyimages
Se há coisa que a idade normalmente dá, além de algumas maleitas, é a calma.
Assim é comigo no futebol também. Apesar de tudo a doença Vitória dói sempre – e esta época é nesse particular desgraçada - quanto mais não seja por reparar na tristeza dos mais novos. Ainda por cima contra o rival Braga.
Tenho muitos amigos em Braga mas futebolisticamente falando quero sempre que o Braga perca. Então quando é contra o Vitória esse desejo é brutal.
Só em Portugal é que há a hipocrisia de se dizer que se quer que o rival seja forte ou ganhe a esta ou aquela equipa. Eu não. Estou em linha com a normalidade e aquilo que se passa entre o City e o United, entre o Milão e o Inter, entre o Real e o Barça.
Não esperava muito mais do jogo de ontem.
Fiquei no entanto espantado com o jogador Custódio. Desde logo porque o jogador tinha lugar de caras no nosso Vitória e, fundamentalmente, pelo facto da sua postura ontem em campo. Para um jogador nascido e formado em Guimarães acho que o seu “profissionalismo” foi indigno de quem nasceu nesta terra. A maneira como entrou aos jogadores do Vitória – particularmente a Nilson – ou a forma apalermada como festejou a vitória é algo que a minha origem vimaranense não compreende.
Exigiria muito menos de William, agora no Vitória de Setúbal, e o jogador teve uma postura decente no miserável confronto que recentemente tivemos.
Um pouco de hipocrisia, principalmente nos festejos, não lhe tinha ficado nada mal.
Já não há respeito.
Comentários