Largo do Carmo

Fotos: Casa de Sarmento


Foi em Junho, numa reunião da Câmara Municipal, que foi apresentado o projecto de recuperação do Largo do Carmo e do espaço contínuo ao Paço dos Duques que abraça a Igreja do Carmo e o Lar de Santa Estefânia.
Apesar de ser ainda e apenas um projecto a apresentação da ideia, em reunião de Câmara, foi dos momentos de maior inspiração de quem neste mandato tem a responsabilidade de dirigir o governo da cidade. Simples, rigoroso e enquadrado, este projecto passou mais ou menos ao lado da cidade, mais preocupada nas parolices do costume, com os novos centros comerciais, com a Veiga pós-futurista destinada a enterrar a beleza que nela ainda há intacta, ou, então, em implodir o belíssimo Toural para forrá-lo a pedra tumular para gáudio dos mestres-de-obras e para a desgraça da nossa singularidade. E estes dois projectos não se farão, pelo menos por agora felizmente. Fundamentalmente, diga-se, porque não há dinheiro e não estamos em altura de ter mais olhos que barriga. Claro que se vai safar o disparate provinciano do novo espaço da feira mas, como compreenderão, é necessária qualquer coisinha para inaugurar antes das eleições. E como uma desgraça nunca vem só, junta-se ao novo (?) mercado um parceiro à altura.
Mas dizia eu que a recuperação do Largo do Carmo e de algum do espaço envolvente ao Paço é uma ideia simples, e mais um pequeno ovo de Colombo como o foi, noutra dimensão é claro, a recuperação do Centro Histórico. Extirpar de lá o estacionamento, dar ainda mais dignidade ao espaço, torná-lo utilizável, redescobri-lo, é tudo aquilo que é necessário para dar algo de novo a quem nos visita e renovar assim o interesse pela nossa cidade.





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