Presidential ticket democrata: cara ou coroa?



Será que Obama não fez mal ao não assumir, de forma plena, a sua vontade de mudança?

Biden tem sido a gaffe em pessoa...

Comentários

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Caro Rui Vítor,
Descobri muito recentemente que também tinhas um blog, que aliás considero muito interessante, para além da substância, na por vezes descurada componente estética do mesmo.
Na substância apraz-me que abordes uma temática que te sei cara e não suficientemente abordada na blogosfera como são as eleições nos EUA.
Quanto a isso, dizer-te que tenho alguma curiosidade em saber qual a tua posição (se a tens definida), atendendo à que sei ser a tua habitual “orientação” nestas eleições.
Quanto a mim, estou com o Obama.
Não penso que ele seja o novo Tafari Makonen (o ser cronologicamente mais próximo da imagem de Deus), não penso que seja um JFK (como procura até abusivamente parecer, vd. discurso em Berlim), mas penso que terá o condão de pôr alguma ordem na actual desordem mundial. Não por acção mas por omissão. Não pelo que defenda, mas pelo que deixa de defender. Precisamente por, porventura, não ter necessidade de afirmar belicamente o seu país – com isso provocando tantas vezes desnecessariamente aqueles que estão mesmo à espera de ser provocados – mas antes de o afirmar noutras vertentes tão mais importantes.
Como – e este é para mim o ponto mais importante – na vertente económica.
Tenho esperança que, na esteira do que sempre têm feito os Democratas na Casa Branca, a sua presidência signifique maior estabilidade e consequente pujança económica. Sim porque não vejo a nossa Europa retalhada como um verdadeiro pólo de disputa do domínio da cena mundial, a divisão torna-nos fáceis demais de desentender. E porque nós, Portugal, precisamos muito mais de um dólar forte do que um dólar fraco face ao euro.
Porque creio (embora seja mais uma fé) que pelo abrandar de alguns braços-de-ferro desnecessários possa descer o preço do petróleo, e porque penso que a política democrática fortalecerá o dólar face ao euro (o que interessa a Portugal), penso que é muito importante para nós que ganhe o Barack Obama.
E por acaso não concordo que a declaração que colocas do Joe Biden seja propriamente uma gaffe. Desde logo porque é relativa ao período em que ele havia lançado a sua candidatura à presidência, como tal, como adversário do Obama (foi dos primeiros a desistir), depois porque me pareceu que a frase tinha a pouca intencionalidade equivalente ao arrojo de quem considera o Obama, frontalmente, como o primeiro negro mainstream, com as capacidades que referiu. Sem complexos de natureza racial, pareceu-me bem mais elogiosa do que desconsideradora, a frase utilizada pelo então adversário nas primárias democratas.
Rui Vítor Costa disse…
Meu caro,
é com muito gosto que te encontro neste modesto blogue!
Não tenho dúvidas em "votar" agora Obama, apesar do meu "passado republicano" que bem conheces.
É fundamental para os EUA dar uma sacudidela na administração Bush que sempre criticaste, ao contrário de mim, pelo desastre que representou em termos políticos e económicos. Tenho pena de McCain que acho que daria um bom presidente.
Obama tem imensas qualidades e a sua juventude não será propriamente um defeito (assim como não o será a idade do candidato republicano).
Acho-o sério e decidido, apesar de pensar que o convite a Biden foi, daquilo que conheço, a tentativa de quadratura do círculo que não aprecio em política.
A ver vamos...

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