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No passado fim-de-semana senti-me como se estivesse numa interessante cidade europeia e não na minha própria cidade.

Não é comum, como aconteceu na passada sexta-feira, ver um interessante espectáculo no Largo da Oliveira com os jovens músicos da notável Academia Valentim Moreira de Sá e, uma hora mais tarde, divertir-me com uma jovial banda canadiana, os Red Orkestra, no anfiteatro relvado dos Jardins de Vila Flor. Voltei no sábado ao Festival Manta como se cumprisse uma penitência por prestar pouca atenção ao evento, pelo menos desde os The National, e dei, mais uma vez, por bem empregue o meu tempo através do som de uma banda brasileira. Gosto particularmente de ver coisas novas e foi isso que aconteceu na cidade que por ser minha merece por vezes uma desleixada atenção. Uma voz avisada disse-me para estar atento ao Barco Rock Fest, em Barco, em finais de Agosto. Pode ser que, este ano, me descentralize de forma atenta.

Num outro registo, enquadrado nas Festas Gualterianas, decorrerá entre 6 e 29 de Agosto uma exposição no Palácio de Vila Flor, pela associação Muralha com a colaboração d’ A Oficina, e que se intitula Exposição das Exposições. Valerá a pena, a quem puder, dar lá um salto.

A Muralha – associação de Guimarães para defesa do património entendeu este ano, o ano em que comemora 30 anos de existência, organizar e divulgar uma exposição que releve o trabalho expositivo efectuado pela associação nas Festas da Cidade, escolhendo e seleccionando algumas das suas exposições.

Até hoje, integradas nas Gualterianas, foram organizadas pela Muralha, desde 1984, de forma ininterrupta, vinte e seis exposições que mostraram alguns dos aspectos mais relevantes do património de Guimarães e que serviram para divulgar a história da cidade e sensibilizar os cidadãos, pela imagem e pelo texto, para a extraordinária importância da preservação do nosso património comum. A Muralha contribui assim ao longo destes anos para criar nos vimaranenses o gosto e o orgulho no nosso património e a predisposição dos cidadãos desta terra para a sua intransigente defesa.

Esta edição da Exposição das Exposições servirá então para divulgar o extenso trabalho da Muralha e homenagear todos aqueles que, ao longo destes anos, contribuíram para tornar a associação uma instituição incontornável na defesa do património de Guimarães.

Poder-se-ão apreciar selecções das seguintes exposições:

A Penha ontem e hoje. Conjunto de fotografias que mostram vários aspectos Penha ao longo do séc. XX. Dos textos do catálogo da exposição foi seleccionado um bonito texto da autoria de Maria Adelaide Pereira Moraes. Não os saberia escrever com certeza doutra forma…

Bandas e Coretos. Conjunto de fotografias dos coretos e das bandas de Guimarães, presença comum nas Festas, com alguns registos de bandas no início do séc.XX.

Estátuas e esculturas. Conjunto de fotografias e textos sobre a estatuária de Guimarães e os seus artistas.

Santos da casa. Relação fotográfica sobre os mais significativos e representativos santos de Guimarães e as suas igrejas com textos de Rosa Maria Saavedra e Maria José Meireles.

Guimarães a preto e branco. Trabalho expositivo sobre fotografias Guimarães no início do séc.XX – paisagem natural e urbana, vida social, indústria, famílias e outras fotografias - tendo por base a colecção da Muralha de placas fotográficas em vidro que hoje está a ser digitalizada no âmbito da Capital Europeia da Cultura 2012.

A entrada é livre e merece a deslocação. A partir de 6 de Agosto.

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