Com amigos destes…
Foto_Público
Berta Cabral, candidata do PSD às eleições regionais dos Açores, que hoje se realizam, foi a mandatária de Passos Coelho na sua região aquando da candidatura do Primeiro-Ministro à liderança do PSD. Hoje trata-o como um leproso e distancia-se da ação governativa do homem que de forma tão visível apoiou.
É isto compreensível? Até o poderá ser, agora que não é bonito não o é. Na política como na vida devemos ser compreensivos com os nossos amigos e apoia-los precisamente quando eles mais necessitam. Poderia, na minha modesta opinião, ganhar com a coerência aquilo que pretende ganhar com o calculismo político.
Uma das coisas que sempre mais gostei no meu partido é a sua liberdade. Não vemos no PS, nem os vislumbramos sequer, militantes como Pacheco Pereira que arrasam a ação governativa sem que nada lhes aconteça do ponto de vista partidário, e ainda bem. A liberdade é um valor fundamental da Democracia. A desconfiança do comentador em relação àqueles que sempre viveram nos corredores do partido foi verbalizada na corrida à liderança do PSD e é hoje por ele jogada na sua análise para explicar a fragilidade políca do governo.
Uma das coisas que sempre me irritaram no PSD – e nos outros partidos – é a falta de solidariedade, a falta de coerência em relação aos princípios e às pessoas.
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