Aos lobos

Gosto imenso de Scorsese. Gosto do estilo pessoal no seu tom aflitivo de comunicar, gosta da sua imensa cultura cinematográfica e gosto, fundamentalmente, dos seus rasgos de génio: O Touro Enraivecido (1980), Taxi Driver (1976) e Good Fellas (1990), por essa exata ordem.




Sem claro esquecer o lado documentarista do realizador que produziu, entre outros, o notável George Harrison: living in the material world (2011).





As 26 longas-metragens que contabilizei, documentários incluídos, e das quais só não vi o primeiro Who's knocking at my door (1968), há muita coisa dispensável. Mas a sua mestria permanece, quer o filme seja genial ou apenas curioso, intocável.




O lobo de Wall Strret (2013) não é uma obra de génio mas é um dos seus melhores filmes desde Bring out the dead/Por um fio (1999). São 3 horas de loucura com um cada vez mais notável DiCaprio na representação.
Há alguns momentos de puro génio como o diálogo entre DiCaprio e o impecável Matthew McConaughey, logo no início do filme (ao nível dos diálogos loucos do Reservoir Dogs (1992) de Tarantino).



Esperemos que mais uma história sobre pessoas concretas, o novo filme de Scorsese sobre Sinatra em preparação, consiga somar, um pouco mais à frente, o bom gosto cinematográfico de Scorsese com a grande voz.

As salas de cinema, cada vez mais despidas devido aos preços absolutamente irracionais que hoje se praticam em Portugal, precisam de filmes como este.

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