António de Azevedo



Guimarães acolheu, no século passado, um dos mais extraordinários escultores naturalistas portugueses – o escultor António de Azevedo – a ele se devendo muitas das excelentes obras de estatuária que Guimarães hoje tem:

- monumento a Martins Sarmento (1933, Largo do Carmo)
- monumento a Alberto Sampaio (1953, Largo dos Laranjais)
- estátuas do Faunito e da Menina à beira da água (respectivamente 1934 e 1939, jardins da Alameda)
- busto do Professor José de Pina (1942, Penha)
- busto de Francisco Inácio da Cunha Guimarães (1947, Pevidém)
- mausoléu de família no Paço de S.Cipriano (1935, Tabuadelo)


A ele se devem também outras obras existentes na Escola Francisco Holanda e no Museu Alberto Sampaio, bem como noutras cidades perto de nós (como por exemplo o busto do Professor Magalhães de Lemos, em Felgueiras, ou o monumento ao Poeta Júlio Brandão, em Famalicão).


Quis um destino injusto que este homem que marcou a vida cívica e artística de Guimarães, fundamentalmente nos anos 30, 40 e 50 do século passado, esteja hoje, aos olhos de muitos, esquecido.

Dentro de cerca de mês e meio, mais precisamente no dia 18 de Abril, passarão 40 anos sobre a sua morte. Diz-se que não se escolhe onde nascer, mas que se pode escolher onde morrer. António de Azevedo escolheu morrer em Guimarães, na terra onde deixou os mais profícuos exemplos da sua obra e onde desenvolveu com competência as funções de director da Escola Francisco de Holanda, no seu tempo também designada como Escola Comercial e Industrial de Guimarães, durante quase três décadas (1931-1958).

Será justo lembrar e fazer lembrar quem nunca deveria ter sido esquecido.


Fotos das obras: António Viana Paredes

Comentários

Que honra saber quem foi o pai do meu pai. Afinal essa mania artistica da familia tens raizes.

Paulo Azevedo - Africa do Sul

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