Malta porreira

 

Não é difícil perceber as responsabilidades e erros do atual governo na condução política das medidas de austeridade. Mas não é igualmente difícil perceber que a situação insustentável a que chegamos em Portugal requer medidas concretas e difíceis e que pela sua dimensão não serão certamente isentas de erros. Não as tomar significará, suponho, o isolamento de Portugal em termos políticos, sociais e económicos com a eventual saída do euro e da união europeia.

Por isso espanta-me a candura dos responsáveis políticos quando dizem que não se pode cortar no apoio fundações, não se pode privatizar a Caixa ou a RTP, não se podem aumentar impostos, não se pode isto ou aquilo. E, estou certo, que quando o Governo começar (e terá que o fazer) a cortar nas PPP (apesar do imbróglio jurídico que tal decisão acarretará), virá sempre um “responsável” político de um planeta distante dizer que é absurdo cortar-se naquela PPP pois irá prejudicar seriamente a população de Saturno.

Assim não dá.

Louva-se no entanto a postura serena, realista e cooperante de alguns parceiros institucionais como a UGT que consegue ver para além da luta político-partidária.

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