Há almoços grátis
O Público noticia hoje que os presidentes da Refer, da CP e de outra sociedade pública terão pago aos seus gestores, com o cartão de crédito das empresas que gerem, o almoço de homenagem à então Secretária de Estado (SE) dos Transportes Ana Paula Vitorino.
A notícia não surpreende ninguém. Assistimos, no que vamos conhecendo do processo Face Oculta, a mão firme da corrupção nas empresas do estado e as ligações que a mão tem ao poder. Este caso é mais um caso.
Reúne-se a malta paga pelos dinheiros públicos para dar graxa à SE. A SE agradece comovida. Faz-se um brinde à diligência da homenagem, cai uma lágrima furtiva ao Dr. Antunes pela lembrança feliz daquele almoço.
Mas em relação às contas divide-se “à portuguesa”: todos comem e paga o Estado, essa etérea entidade.
Um Estado que, em Portugal, não é o pilar onde assentamos as nossas vidas sociais e profissionais, como deveria ser. Mas um Estado que é uma enorme bunda que se senta, amiúde, em cima da gente.
Comentários
E digo quase, porque não iria valer a pena.