O teatro
A vida política portuguesa teatralizou-se mais do que nunca. Não há dia que passe sem que uma nova cena – de faca e alguidar – saia da cabeça dos nossos dramaturgos e actores políticos.
O nomeado para os óscares tem sido, de longe, o Ministro das Finanças.
Ainda há poucos dias atirou-se às agências de rating e às instituições internacionais que nos têm puxado as orelhas em termos da nossa economia doméstica. Teixeira dos Santos apelou ao sentimento patrioteiro no sentido motivar a populaça, ao bom jeito republicano (agora que se comemoram os 100 anos).
Resultado: não sei se foi um não um êxito de bilheteira este número, o que percebi foi que o mercado de acções caiu a pique os dois últimos dias. E o dia de hoje parece também negro. A verdade é que os mercados não gostam de tiradas venezuelanas para o consumo doméstico de quem se deixa alegremente enganar.
Por sua vez o Ministro, ontem, veio atirar-se à Lei das Finanças Locais como se ela fosse responsável pelo buraco que se tem cavado (com a sua inestimável ajuda, diga-se).
No entanto a oposição está a fazer um péssimo papel: o papel do figurante tonto. O seu comportamento, nesta inoportuna Lei, é estúpido e dá palco ao mais comezinho drama nacional, com novo episódio, para a audiência embasbacada…
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