Previsivelmente irracional - II

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Acreditando, como eu acredito, racionalmente, que os políticos como as pessoas não são todos iguais - e ainda bem que não o são – vejamos também o que o PSD nos oferece neste seu processo de escolha de novo rumo e nova liderança.

Marcelo Rebelo de Sousa olhando para a situação do país “esticou a corda” afirmando que estaria disponível para ser líder se o partido o visse como uma solução de consenso e todos os grupos e grupelhos se unissem, ou pelo menos se calassem, em torno de um objectivo maior: o País. Não foi escutado. Foi demasiadamente racional. Exigiu talvez o impossivelmente racional e perante a irracional apatia quase geral, disse adeus.

No terreno perfilam-se então três fortes e credíveis candidaturas que apontam caminhos distintos: Pedro Passos Coelho para “mudar”, Aguiar Branco para “unir” e Paulo Rangel para “romper”.

E o país afinal necessita de quê? Necessita de uma correcção de rumo? Necessita de uma união que pressupõe sempre uma “quadratura do círculo”? Ou precisa de ruptura pura e simples?

Cada um, militante do PSD ou não, fará o seu juízo. Por mim só há um caminho: o da ruptura. E uma ruptura com um homem – Rangel – que tem a capacidade pessoal e a convicção para o fazer; e que veio trazer à política uma visão fresca e nova de quem chega ao serviço público com carreira feita.

A ver vamos se o PSD consegue, como já o fez no passado, ser imprevisivelmente racional.

Eu acredito nessa possibilidade.

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