Tiriricarização #1

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Há poucos dias no Brasil, nas eleições que decorreram a 3 de Outubro, escolheram-se os representantes políticos daquela nação-filha, nomeadamente o presidente (vai haver segunda volta entre os candidatos Serra e Dilma), os governadores dos vários estados, os senadores e os deputados federais.

Como muitos de vocês certamente tiveram a oportunidade de ver, o palhaço Tiririca, que se apresentou sob o lema “vote Tiririca, pior do que tá não fica”, concorreu como candidato a deputado federal por S.Paulo e foi eleito. Diga-se que esmagadoramente pois foi o deputado federal mais votado em todo o Brasil, arrastando consigo mais três deputados da sua lista. Há mesmo quem defenda que foram os “outros” que o usaram para entrar no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília…

Ora, tirando a graça óbvia, isto é triste em qualquer democracia. E este fenómeno brasileiro começa, mesmo na circunspecta Europa, a ter alguns exemplos. O período de crise, indefinição e desconfiança que de uma maneira geral afecta a Europa e os Estados Unidos a isso propiciam. E não será de estranhar que toda a espécie de palhaços (verdadeiros!) comecem a ganhar destaque nos diferentes países. A tiriricarização dos parlamentos, e de forma mais grave da política, é mais do que um perigo … é uma realidade anunciada, face ao descrédito generalizado das governações. Muito por culpa claro de quem os elegeu … já que há sempre escolhas possíveis.

No entanto a sociedade brasileira mais culta e informada, com vergonha do fenómeno, já começou a atacar. Está em sede da Justiça Eleitoral uma denúncia de que Tiririca é analfabeto e, portanto, não pode assumir o seu lugar de deputado. Segundo a acusação o novel deputado falsificou as suas habilitações.

Onde é que eu já ouvi isto?...

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