O controlo
A polémica sobre a suspensão das Escolhas de Marcelo tem sofrido novos desenvolvimentos.
Depois de se ter percebido que a RTP pretendia acabar com o programa porque o suposto contra-peso (António Vitorino) deixaria de funcionar, parece ter agora voltado atrás face aos comentários que daquela decisão foram sendo feitos. E justificou tal decisão com a ERC. No entanto a ERC negou-o.
José Alberto Carvalho parece não ter aguentado a sua estratégia para varrer da estação pública uma figura incontornável que (qual pecado) pensa pela sua própria cabeça.
Nunca como agora a TV pública foi tão instrumentalizada. Vivemos tempos difíceis e o governo de Sócrates quer (mais do que nunca) dar a imagem de um país que não existe.
Não me incomoda nada – e já aqui o defendi – que a RTP fosse privatizada. Mas isso não seria o suficiente para garantir a independência da informação pois, como se sabe, as televisões privadas também têm que se ancorar num Estado que, por si, gasta mais de metade da riqueza produzida no país. Veja-se o exemplo da TVI e da sua progressiva domesticação.
E o Governo da nação vai-se cada vez mais assemelhando à governação de uma autarquia que, pela sua proximidade e má formação de quem a governa, tudo condiciona e manipula.
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