Pedro Silva ou a palhaçada


Fui dando uma vista de olhos, num jantar em casa amiga, na segunda parte, penalidades e entrega do troféu, ao Benfica-Sporting de ontem. Se estivesse em minha casa a ver futebol, certamente que nem no zapping o veria; não trocaria por nada o Roma-Juve, que penso ter sido extraordinário.
O jogo que vi foi péssimo, até os penaltis o foram. Mas muito pior que isso fui a atitude do ser vivo (cuja foto acima se reproduz) no final do encontro. De boné a cumprimentar as entidades, recusando de forma absolutamente mal-educada o gesto do Dr. Pires de Lima que lhe colocava uma medalha ao pescoço e, como se já não bastasse, atirando, logo de seguida, a medalha fora.
Já não espero destas coisas que usam boné, brincos e penteados esquisitos atitudes de homem. Mas espero pelo menos deles uma atitude de humildade de um rapaz que sabe que o mundo é mais que ele próprio.
Adivinho que este caso não mereça a censura que mereceria se o jogador se chamasse Joaquim e alinhasse no Repesenses. Não aceito, mas compreendo. Agora o que estou para ver é se as inteligências que iluminam o futebol português lhe vão dedicar tanta atenção como dedicaram ao suposto (na cabeça deles) fora-de-jogo de Roberto (que muita azia provocou), e se há realmente um castigo exemplar. Duvido. Mourinho, na última jornada da Liga italiana foi expulso, e bem expulso, por muito menos do que aquilo que vi ontem o Paulo Bento fazer, perante um árbitro sereno e uma federação que lhe aplicou uma pesada multa. Se Mourinho treinasse novamente em Portugal só apanharia castigo semelhantante se esventrasse um auxiliar do árbitro em pleno jogo. Não esfaquear (isso seria mais leve), esventrar mesmo.

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