A procura da luz


Depois de se perceber que as eleições em Israel não correram de feição a quem esperava uma nova atitude política no Médio Oriente, as eleições no Irão (a 12 de Junho) são uma nova oportunidade para aquela delicada região que, como sabemos, está no centro da política internacional.

A luz que se sente no Irão tem a ver com a disponibilidade de Kathami para concorrer à presidência daquele país. Ele que já foi presidente entre 1997 e 2005 é um político moderno e moderado que colhe dentro dos mais jovens e que é capaz de ter uma visão mais lúcida e desapaixonada num país em que a hierarquia religiosa tem um poder extraordinário, não só na sociedade mas também na definição da política de segurança.

O Irão mereceria essa luz. O seu cinema, aliás, reflecte hoje a profundidade e o desejo de liberdade daquele povo.

Obama poderá ter aqui essa sorte, após já ter vindo dizer que afinal a retirada no Iraque não vai ser bem como aquilo que ele previra em contexto de campanha eleitoral. Sou fã de Obama, mas não posso deixar de reparar na complacência que a imprensa e comunidade internacional encararam este recuo presidencial americano.

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