Sinatra e Watertown


Tenho um profundo gosto pela música de Sinatra.
Esse gosto resistiu à minha (musicalmente) sectária pós adolescência, incólume. A sua clareza e o seu swing sempre foram, para mim, irresistíveis. Vi-o claro nas Antas em 1992, com 76 anos, uma sombra do que havia sido, mas vi-o (de longe) e ouvi-o. Sempre Sinatra.
Descobri há uns meses, finalmente, o álbum Watertown, de 1970, um álbum conceptual bastante esquecido mas igualmente brilhante.

Produzido por Bob Gaudio (que compôs as canções do disco) é um álbum diferente e marcadamente "datado", isto é, claramente influenciado pela política de então, em que a música ou o cinema tinham que transmitir uma "mensagem" e falar do homem comum. Watertown é "datado" sem dúvida mas é Sinatra com interpretações de sonho (For a while, Michael & Peter
ou What's now is now, são excelentes exemplos).
Artistas geniais como Sinatra, com uma carreira prolífica como a dele, continuam a ser redescobertos nesta abençoada (e já madura) época do digital, que nos permitem descobrir coisas novas e belas.
Esta é uma delas. Assim como o é o Empire State Building iluminado de azul para celebrar ou lembrar Sinatra.

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