Felizmente acabou


O Miguel Sousa Tavares confessa no seu artigo semanal do Expresso mais um dos seus ódios de estimação: o Carnaval português.

Não poderia estar mais de acordo com o desabafo.

O nosso Carnaval é absolutamente tonto. É uma espécie de Natal em Agosto: é um erro de tempo. O que aconteceu no forçado desfile de Paredes de Coura ou a incontinente decisão judicial em Torres Vedras reforçaram a patetice da data.

Poderei estar a perder o humor. Admito-o. Mas copiar a exuberância e o calor dos brasileiros em terras lusitanas é tão deprimente quanto comer um cozido à portuguesa na praia do Leblon.

Cada roca com seu fuso, cada povo com seu uso.

Comentários

Nuno Leal disse…
Ora no Leblon nunca comi (tambem nunca lá estive) mas aqui em Angola esse é o prato nacional dos domingos! Que compete com o nacional funje, celebrado por esse vulto da cultura lusófona que é o Pepetela, nos seus livros que tão bem contam a miscenigenação dos povos.
Rui Vítor Costa disse…
Não há nada como ter correspondentes no estrangeiro... para se corrigirem as "figuras".
Nuno Leal disse…
Sendo que não concluí que comer cozido à portuguesa em climas tropicais até funciona bem, especialmente se lhe juntarmos uma siesta pós-refeição a marinar na praia até as 3 horas religiosamente contadas para a digestão se cumprirem e passarmos para a fase do mergulho...

Abraço do teu correspondente angolano (felizmente que aqui tudo anda calmo, não é nada como na Guiné...), Nuno

Mensagens populares