Votar: eis a questão.

Foto in Flickr_sodawobsky
Tem surgido na comunicação social e na rede uma polémica gorda sobre a data das eleições. A mim não me incomoda nada, mesmo nada que as legislativas e as autárquicas decorram na mesma data. Não percebo muito bem qual a dificuldade democrática em fazê-las em conjunto. Há muita gente a defender a desvalorização dos actos de escolha que a simultaniedade das duas eleições provocaria. Não acho isso. Acho que devemos ser capazes de o fazer e não lembrar aqueles empregados de mesa que só conseguem perceber um pedido de cada vez ...
Nos EUA quando se vota para a presidência vota-se para muitas outras coisas. Serão os americanos tão mais hábeis assim que os portugueses?

Comentários

Nuno Leal disse…
Concordo contigo, caro amigo, apenas tenho uma duvida num ponto. Não centrada na questão da escolha dos eleitores, que acho serem maduros para perceberem a diferença, mas na própria campanha e nos políticos que a protagonizam.

É que teriam de conseguir resolver aquilo que para mim seria o problema maior: há partidos que concorrem coligados em municipios e separados nas legislativas. O PS coliga-se amiude com o PCP, o PSD com o PP e até o PPM, muitas das vezes em grandes cidades como Porto ou Lisboa. A questão que os politicos terão de resolver, neste caso, é como fazer campanha com o candidato autarquico coligado com um partido para o qual irão fazer campanha legislativa separada.

Acho que o problema estará mais nos políticos e nas tradicionais formas de política de campanha do que nos eleitores.

Mas confesso que não estou a ver a Manuela Ferreira Leite a fazer um duplo comicio de encerramento no Porto: um com o Rui Rio e o Paulo Portas na Av. dos Aliados, para a CM Porto, outro só ela na Batalha enquanto o Paulo Portas vai até à feira da Vandoma fazer o comicio de encerramento dele...

Não sei se resulta...
Rui Vítor Costa disse…
Claro que sim Nuno. O problema da nossa política é que a discussão está mais centrada naquilo que convém aos partidos do que naquilo que convém ao povo. Essa é a questão. Se convém ao povo e ao país, como acho que convém, é bom para a Democracia. Os partidos são instrumentos e não um fim em si mesmo.

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